Por que Algumas Crianças Têm mais Facilidade com a Matemática?

Você Sabe Porque Algumas Crianças e Adolescentes Têm mais Facilidade com a Matemática?
Nas aulas de Matemática é muito comum observarmos que algumas crianças se destacam e aprendem com mais facilidade, enquanto que outras, embora se empenhem e se esforcem, ainda assim encontram enormes dificuldades em entender e aprender certos conceitos matemáticos com tanta agilidade. Sabemos que esses poucos alunos que se destacam, normalmente se auto motivam, fazem as atividades, os exercícios e raciocinam com maior coerência, lucidez e empenho. E, assim ficamos pensando, qual seria a razão dessas distorções citadas? 
Na verdade, sabemos que algumas crianças e adolescentes têm certas dificuldades, talvez por viverem em locais mais longínquos e humildes, por estarem expostos a situações embaraçosas, sendo que alguns vivem em lares com pais separados, atravessando dificuldades financeiras e outros transtornos sociais que podem ou não afetar o desempenho escolar. 
No entanto, existem aquelas crianças que chegam na escola em igualdade de condições, tiveram uma boa educação em seus lares, vivendo em perfeita harmônia, mas alguns se destacam, enquanto que outros infelizmente não tem a mesma "sorte" ou facilidade. Muitos alunos encaram equivocadamente o ensino da matemática, como sendo algo enfadonho, cansativo, tedioso, sem nenhuma atração e segundo eles, de pouca finalidade, talvez porque nunca conseguiram compreendê-la adequadamente, ou até por estar dissociada com atividades e ações executadas no cotidiano.





Será que em muitas situações, a falha não seria da escola e do professor ou educador mal preparado? 
Acreditamos que nem sempre a culpa é do aluno e da família, que possivelmente não educou adequadamente, ou que não mostrou tamanha competência, empenho ou que teve falhas na educação infantil. Essa postura equivocada, muitas vezes se deve, porque nós, professores, lá nas séries iniciais do Ensino Fundamental, talvez inconscientemente não conseguimos efetivamente chamar a atenção e motivar o aluno com ações voltadas para atividades mais prazerosas, entre as quais associar o aprendizado com muitas brincadeiras e jogos lúdicos que poderiam cativar, motivar e levar ao aprendizado. Em outras situações, notamos que a falha é da própria instituição escolar, que não dispõe de uma estrutura mínima adequada para oferecer, sem dispor de equipamentos tecnológicos, como lousa digital, computador em sala de aula específica para essa finalidade e materiais para estudo. Outras escolas mais carentes, contam com salas superlotadas e alta rotatividade de seus quadros, e em muitas situações não contam com merenda, energia elétrica, água potável, entre outras anormalidades que sinalizam ao descaso com a educação e aprendizado escolar. Para contornar essa situação indesejável, deveríamos ter governantes e gestores realmente comprometidos com a educação e uma boa estrutura escolar, com professores bem capacitados, treinados e bem dirigidos por uma equipe escolar competente. Mas, focando no método de ensino de matemática, talvez se focássemos a beleza da formas geométricas, estudando as obras arquitetônicas, vinculando o saber com os projetos infantis e com as obras artísticas, propondo atividades mais criativas e lúdicas, certamente poderíamos colher melhores frutos, em termos de ensino e aprendizagem. Contudo sabemos que existe muitos professores capacitados e comprometidos com a qualidade de ensino e que preparam adequadamente suas aulas, contribuindo para o sucesso do aprendizado. Um bom exemplo de projetos infantis que costumam dar bons resultados, seria propor trabalhos manuais aos alunos, por exemplo, construir maquetes da escola, projetos de uma horta comunitária, levar os alunos para uma aula de matemática na quadra, visitando um parque ou bosque para conhecer as plantas, a natureza, etc. Veja quanto da Matemática, Biologia, Química, Física, etc. poderíamos estar ensinando com essas aulas fora do ambiente escolar ora mencionadas.

Então, entendemos que para se atingir uma boa qualidade de educação e até despertar o nosso aluno para os estudos, nós professores devemos inovar e fazer da sala de aula um verdadeiro laboratório, levantando sempre situações-problemas que os instigue aos estudos. Acreditamos que ensinar a matemática, sem explicitar a origem e as finalidades dos conceitos tratados é o mesmo que contribuir para o insucesso escolar. 
Como um dos objetivos fundamentais de uma educação de qualidade é criar no aluno competências, hábitos e automatismos úteis, bem como desenvolver capacidades, urge implementar uma moderna educação tanto de Matemática, quanto das demais disciplinas escolares, em que os métodos de ensino, zelando para que o professor saiba o que está ensinando, o modo como o faz e o porquê do que ensina. Certamente o professor ensina e ao mesmo tempo aprende, porque ele tem que estudar e preparar suas aulas adequadamente.

Aquele professor de antigamente que dizia, hoje vamos aprender uma matéria nova, então: abra o caderno e anote tudo sobre determinado assunto ou que simplesmente vai até a lousa e escreve um bocado de teoremas e fórmulas desconexas já não produz o resultado que se espera. O aluno pode pensar: onde vou usar isso? E, fatalmente ele vai pensar: porque devo aprender determinada matéria, se nunca vou usar isso na minha vida... Por exemplo, de que vale o aluno aprender a equação quadrática, se ele não compreender suas aplicações na vida cotidiana, ou seja, estou aprendendo isso porque vou usar para resolver determinados problemas, não agora mas talvez futuramente. 
Para justificar esse conceito, muitos professores simplesmente dizem que é uma equação do segundo grau, porque o expoente maior da incógnita x vale 2 e isso infelizmente não acrescenta muito. Acreditamos que explicando de outra maneira, a motivação seria diferente. Tente explicar historicamente a origem e a evolução dos conteúdos, vinculando o aprendizado com algo importante e que supostamente foi tratado por figuras expressivas da ciência.
Citando o mesmo exemplo, a equação do segundo grau é um método antigo e que é muito usado até hoje para a resolução de muitos problemas. Esse método de resolução de problemas auxilia na geometria aplicada ao dia a dia de muitos profissionais. Vários deles que atuam na área de exatas precisam desse conhecimento para exercer suas atividades e solucionar questões profissionais. Citamos algumas de suas aplicações mais importantes, tais como:
- Na engenharia, usamos essa equação citada para estudar os lançamentos, a trajetória de parábolas, fazer cálculos na construção de pontes e viadutos e avaliar diversos tipos de materiais;
- Em física, ela pode estar nos movimentos uniformemente variados, em lançamentos em queda livre, na parabólica, entre outros;

-  Na educação física, podemos estudar as curvas e trajetórias de uma bola, no lançamento e trajeto da bola entre dois jogadores, etc;
-  Na área financeira como na bolsa de valores, nas corretoras e demais empresas desse setor, estudamos os gráficos com tendências e também lá está presente as parábolas, entre outras curvas e funções da matemática;
- Em administração ou economia, pode ser usada para descobrir o lucro máximo de uma empresa, o ponto de equilíbrio, auxiliando os gestores e mostrando o desempenho dos produtos das corporações e empresas comerciais.

Enfim, existe uma gama muito grande de aplicações relacionadas que vale muito a pena o mestre e até mesmo os estudantes pesquisarem e certamente vão ficar surpresos com as descobertas. 

Quando devemos começar a ensinar matemática para as crianças?
Ao iniciar sua vida escolar, toda criança inicia o processo de alfabetização, não só estudando a língua materna como também deveríamos apresentar a linguagem Matemática, construindo o seu conhecimento segundo as diferentes etapas de desenvolvimento cognitivo; um bom ensino nesse nível é fundamental. Os pais muitas vezes podem ajudar nessa fase escolar, colocando a disposição desses pequenos(as) materiais e brincadeiras que podem despertar para entender a contagem, descobrir formas, encaixando as peças de um quebra-cabeças, etc, pois o aprendizado das crianças começa muito antes delas frequentarem a escola. Por exemplo, as crianças começam a estudar aritmética na escola, mas muito antes disso, certamente elas já tiveram alguma experiência com quantidades, inclusive quando elas tiveram que lidar com operações de divisão, adição, subtração e determinação de tamanho. Não tenha dúvidas de que toda criança têm sua própria aritmética pré-escolar, que é aprendida com os pais e familiares no lar. Muitos especialistas afirmam que, se a criança quando bebê for incentivado nos primeiros anos de vida para descobrir os números e as formas geométricas, os padrões, certamente ela poderá ter mais facilidade, quando frequentar uma escola. Os pais e responsáveis têm muita preocupação em presentear seus filhos com celulares e smartphones super equipados, ou com brinquedos eletrônicos em idades inadequadas que os pequenos não sabem, pois na verdade o que eles necessitam é simplesmente de amor e atenção. Por isso, brinque com seus filho(a), ensine a contar, auxilie a resolver quebra-cabeças na idade adequada, leve-o ao parque e mostre as plantas, os rios, os animais, ..., ensinando-o a cuidar e preservar a natureza, etc. e assim estará contribuindo para que essa criança se torne um adulto consciente, esperto e inteligente. Talvez isso explique porque alguns alunos e alunas têm mais facilidade com o aprendizado dessa e de outras disciplinas.

Será que é mais importante a quantidade do que a qualidade do aprendizado?
Um grande engano da equipe escolar, inclusive do professor é dar mais valor a quantidade do que a qualidade no aprendizado. De nada adianta, o professor correr com o programa e o cumprir totalmente, se o aprendizado não for coerente. Mais vale aprender um pouco, do que ter contato com muito e não assimilar nada. Não estamos de forma alguma afirmando que o programa deve ser ignorado ou não cumprido, mas sim que ele deve ser totalmente assimilado. O processo de ensino e aprendizagem da Matemática deve ser bem trabalhado nas escolas, para que futuramente os alunos não apresentem dificuldades graves, quanto a construção deficiente do pensamento lógico-abstrato. 
Será que os meninos aprendem com maior facilidade?
Isso é uma grande mentira, pois eles aprendem em igualdade de condições. Embora exista a fama de que o sexo masculino é mais propenso ao saber da matemática, isso não é verdade e encontramos muitas mulheres que foram excelentes pesquisadoras e matemáticas que vale a pena se inteirar e conhecer. Aqui em nosso site, temos publicado um artigo inteiramente dedicado a elas. Não vamos divulgar novamente o conteúdo, pois ele já foi tratado em nosso Blog. Recomendamos acessar o post "Maiores Mulheres da Matemática no Mundo" e divulgar a todos. Clique aqui e confira!

Atualmente o ensino da Matemática se apresenta descontextualizado, inflexível e imutável, sendo produto de mentes privilegiadas. O aluno é, muitas vezes, um mero expectador e não um sujeito ativo que partícipe, sendo a maior preocupação dos professores cumprir o programa. Os conteúdos e a metodologia não se articulam com os objetivos de um ensino que sirva à inserção social das crianças, ao desenvolvimento do seu potencial, de sua expressão e interação com o meio em que ele vive.

A utilização de técnicas lúdicas: jogos, brinquedos e brincadeiras direcionadas pedagogicamente em sala de aula podem estimular os alunos na construção do pensamento lógico-matemático de forma significativa e a convivência social, pois o aluno, ao atuar em equipe, supera, pelo menos em parte, seu egocentrismo natural. Os jogos pedagógicos, por exemplo, podem ser utilizados como estratégia didática antes da apresentação de um novo conteúdo matemático, com a finalidade de despertar o interesse da criança, ou no final, para reforçar a aprendizagem.

Segundo muitos pesquisadores, o que o professor precisa fazer, antes de trabalhar com jogos em sala de aula, é o de efetivamente testá-los antecipadamente, analisando suas próprias jogadas e refletindo sobre os possíveis erros; assim, terá condições de entender as eventuais dificuldades que os alunos poderão enfrentar. Contudo, devemos ter um cuidado especial na hora de escolher alguns jogos, que devem ser interessantes e desafiadores. Os jogos e as brincadeiras devem estar relacionados com o conteúdo a ser discutido em sala de aula. Jogar e brincar aleatoriamente ou sem ter esse cuidado metodológico, pode apenas descontrair mas certamente não vai levar a lugar algum. O conteúdo deve estar de acordo com o grau de desenvolvimento e ao mesmo tempo, de resolução possível, portanto, o jogo não deve ser fácil demais e nem tão difícil, para que os alunos não se desestimulem. Assim, o professor nunca deve pensar que somente o uso dos jogos e brincadeiras são suficientes para que ocorra o sucesso no aprendizado de matemática, pois ele deve estar sintonizado com os conteúdos e com o programa escolar.

O trabalho com a matemática em sala de aula representa um desafio para o professor na medida em que exige que ele o conduza de forma significativa e estimulante para o aluno. Geralmente as referências que o professor tem em relação a essa disciplina vêm de sua experiência pessoal. Muitos deles afirmam que tiveram dificuldades com aquela matemática tradicionalmente ensinada nas escolas, que tinha como objetivo a transmissão de regras por meio de intensiva exercitação. Cabe então descobrir novas maneiras de trabalhar com a matemática, de modo que as pessoas percebam que pensamos matematicamente o tempo todo, e que usamos esse aprendizado para resolver os problemas do cotidiano e vivenciados em todas as atividades de nossa vida.

Conclusão!
Ao longo de muitos anos que estivemos na ativa trabalhando em várias escolas públicas e privadas, atuando como professor de matemática, e mesmo quando éramos um simples estudante de escola pública, percebemos que as coisas mudaram ao longo de poucas décadas. Anteriormente tínhamos uma família constituída de forma tradicional, em que os pais cobravam empenho e dedicação de seus filhos, os quais deveriam ter uma profissão conceituada e isso passava por estudar, realizar as atividades escolares e por fim ser bom aluno. Caso viesse alguma reclamação da instituição escolar, a repreensão era certa e havia consequências imediatas, como corte de mesadas, ficar sem sair de casa por vários dias, cortava-se o presente de fim de ano, etc. Hoje a sociedade mudou, veio a informatização e muita tecnologia facilitando a comunicação entre as pessoas, agora muitas famílias são chefiadas somente pela mulher, algumas outras são formadas por uniões homo-afetivas, pais morando em casas separadas, etc. Enfim, isso causa profundas mudanças, principalmente na cabecinha desses pequenos alunos e crianças que ficam um pouco confusas e carecem desse apoio familiar principalmente nos primeiros anos de vida. Muitos alunos vivem em situações sociais desfavoráveis e infelizmente a educação e os cuidados são transferidos, em algumas situações para a escola, a qual não está preparada adequadamente para suprir mais essa tarefa adicional. Com certeza, estamos atravessando um período de adaptação e de extremas mudanças e que merecem serem mais avaliados pelos gestores e pela sociedade. Nem todas as escolas possuem profissionais qualificados para lidar com esses problemas e com todas mudanças que vem sendo impostas com esses novos tempos. 

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Finalizando, agradecemos a todos pela visita e apoio. Muito obrigado!

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Comentários

  1. Boa noite!
    Aguinaldo, primeiramente agradeço sua visita e seu comentário.
    O texto foi baseado em vários artigos e trabalhos pesquisados na internet e que foi analisado, modificado e interpretado por nós, incluindo muitos pensadores e livros sobre educação. Abraços.

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